Paralisia facial
A paralisia ou falta de força dos músculos da face chama-se "paralisia facial".
No lado afetado da face, pode ter dificuldade em fechar o olho, elevar a sobrancelha e babar-se. Pode provocar uma perda do paladar na parte anterior da língua e fazer com que a boca se desvie para o lado são.
Deve-se a um problema do nervo facial, que é o responsável por mover os músculos da face, do paladar na parte anterior da língua e pelas lágrimas.
Geralmente, não se conhece a sua causa, mas habitualmente resolve por si e de forma total.
O que deve fazer?
- Deve proteger o olho: o olho perde os seus mecanismos de proteção porque não pode fechar, alteram-se as lágrimas e deixa de pestanejar. Use lágrimas artificiais durante o dia e também «óculos de sol». Durante a noite pode tapar o olho com uma gaze (presa com fita adesiva).
- Faça uma massagem facial 3 vezes por dia durante 10 minutos para evitar que os músculos atrofiem. A recuperação será mais fácil.
- A doença tende a desaparecer por si. Portanto, não recorra a remédios estranhos e tome apenas aquilo que o seu médico aconselhe. Lembre-se que o essencial é proteger o olho e vigiar a evolução da paralisia.
- A maioria dos doentes recupera totalmente em 3 a 4 semanas. Em alguns casos pode demorar vários meses.
Quando consultar o seu médico de família?
- A paralisia facial deve sempre ser vista pelo médico de família. Após ter sido visto, deve voltar à consulta quando o médico indicar e também se tiver dor, picadas ou secreções oculares, ou se não recuperar totalmente a capacidade de fechar o olho.
- Alguns tipos de paralisia requerem mais estudos médicos. Os tratamentos serão diferentes dependendo do diagnóstico final, mas o cuidado com o olho é sempre indispensável.
- As paralisias faciais que surgem juntamente com paralisias de outros músculos ou com febre são uma urgência médica e não deve demorar a procurar ajuda médica.
Excerto do Guia Prático de Saúde - da semFYC (Sociedad Española de Medicina de Familia y Comunitaria)
Traduzido e adaptado pela APMGF (Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar), julho 2013.