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Depressão. Depressão crónica. Distimia

 

 

Depressão. Depressão crónica. Distimia

 

 

A Depressão é uma doença como a Diabetes ou a Hipertensão Arterial e consiste numa perturbação do estado de ânimo. É mais frequente entre os 35 e os 44 anos e em mulheres.

 

Os sintomas mais comuns são: tristeza, fadiga, perda de apetite, desejo de estar só, pensamentos de culpa, ruína ou inutilidade e incapacidade para desfrutar das coisas. Quando afeta as crianças e adolescentes podem surgir: irritabilidade, alterações do comportamento, ansiedade, medo e queixas repetidas de dor abdominal ou de cabeça.

 

A depressão pode dever-se a problemas pessoais, familiares, laborais, etc., mas por vezes não é identificada uma causa.

 

A depressão não significa debilidade da pessoa que dela padece e a cura não depende da vontade dela.

 

Nem sempre se trata com medicamentos.

 

A duração do tratamento farmacológico deve ser de 6 a 9 meses ou mais. Quando os sintomas de depressão duram mais de 2 anos recebe o nome de Distimia.

 

 

O que deve fazer?

 

  • Peça ajuda aos seus familiares e amigos. Deixe que o ajudem.
  • Tente explicar os seus sentimentos e as causas que, para si, foram as responsáveis pela situação, como vê a sua vida pessoal, familiar, laboral, social.
  • Deve saber que os sentimentos negativos são sintomas da própria doença.
  • Evite o isolamento. Saia de casa mesmo que inicialmente não lhe apeteça, passeie, faça exercício. Pratique atividades que o façam sentir melhor.
  • Tome consciência dos aspetos positivos da sua vida.
  • Estabeleça metas realistas, e prioridades – faça o que puder, quando puder. Reassuma as responsabilidades pouco-a-pouco.
  • Evite tomar decisões importantes na sua vida enquanto não se sentir melhor.
  • Não tome álcool ou outras drogas; só pioram o seu problema.
  • Durma segundo horários regulares.
  • Não espere uma melhoria imediata. Para sentir-se melhor precisa de tempo. Se apesar de tudo não melhorar, informe o seu médico de família sobre o seu estado de ânimo e confie nele. Preste atenção às recomendações e se ele lhe prescrever algum fármaco tome-o conforme indicado.

 

 

Conselhos para os familiares

 

  • A Depressão é uma doença que pode ser grave e altera temporariamente a vida pessoal e familiar.
  • Frequentemente os doentes não recebem a compreensão familiar e social de que necessitam.
  • Passe tempo com o seu familiar; ele necessita.
  • Se a pessoa deprimida quiser falar da sua depressão, deixe-a manifestar-se. Acompanhe-a a passear ou a fazer exercício físico.
  • A irritabilidade pode ser um sintoma da depressão. Evite discutir com ele/ela.
  • Siga com a sua própria vida. Desfrute do seu tempo de lazer. Estará em melhores condições de ajudar se estiver física e psicologicamente equilibrado.
  • Averigue se existem na sua zona grupos de ajuda para cuidadores.
  • Não tenha medo de perguntar se existem ideias de suicídio. Em caso afirmativo consulte o médico e nunca deixe o seu familiar sozinho.

 

 

Quando consultar o seu médico de família?

 

  • Se tem sentimentos de tristeza intensos ou duradouros.
  • Se tem sentimentos repetidos de que não vale a pena viver.

 

 

Excerto do Guia Prático de Saúde - da semFYC (Sociedad Española de Medicina de Familia y Comunitaria)

Traduzido e adaptado pela APMGF (Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar), julho 2013.