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Diabetes tipo 2: Tratamento com antidiabéticos orais

 

 

Diabetes tipo 2: Tratamento com antidiabéticos orais

 

 

O tratamento fundamental da diabetes tipo 2 é uma alimentação correta e equilibrada e o exercício físico. Também deve deixar de fumar e controlar a pressão arterial e a gordura do sangue (colesterol).

 

Se depois de uns meses estas medidas não forem suficientes e as suas análises ao sangue derem uma hemoglobina glicosilada superior a 7%, o seu médico vai prescrever-lhe para tomar comprimidos (antidiabéticos orais) para reduzir o açúcar.

 

Existem 6 famílias de medicamentos para tratar a diabetes, ainda que haja muitas marcas comerciais:

 

  • A metformina e as glitazonas: baixam o açúcar porque melhoram o funcionamento da insulina. Reduzem a resistência à insulina.
  • As sulfonilureias e as meglitimidas: baixam o açúcar porque estimulam a produção de insulina pelo pâncreas.
  • Os inibidores da alfa-glicosidase: atrasam a digestão (absorção) dos açúcares.
  • As gliptinas: aumentam a quantidade duma hormona intestinal que estimula a produção de insulina e faz baixar diretamente o açúcar em excesso no sangue.

 

Em geral, os medicamentos são bem tolerados, sobretudo se se aumentar a dose pouco a pouco. Alguns podem dar baixas excessivas de açúcar (hipoglicémias) ou distúrbios abdominais que com frequência se resolvem com o tempo.

 

Os antidiabéticos orais não podem ser tomados durante a gravidez.

 

 

O que deve fazer?

 

  • Siga sempre as indicações do seu médico ou enfermeira sobre quantas vezes ao dia e como deve tomar os medicamentos.
  • Tome os comprimidos todos os dias e à hora indicada relativamente à refeição.
  • Se notar uma «baixa de açúcar», tome rapidamente um suplemento de açúcar (por exemplo, 2 pacotes de açúcar ou meio copo de sumo ou meio copo de refresco açucarado ou 3-4 rebuçados com açúcar) e depois coma um lanche (uma peça de fruta ou um copo de sumo ou uma sandes pequena ou 3 bolachas Maria).
  • Se tem problemas digestivos como náuseas, gases, diarreia ou dor no abdómen, não pare de tomar o medicamente mas consulte o seu médico.
  • Se o vão operar ou fazer uma radiografia com contraste, há alguns comprimidos cuja administração convém suspender durante uns dias; fale com o seu médico ou com o anestesista.
  • Se tem febre, vómitos, ou diarreia pode não ser suficiente o tratamento habitual para controlar o açúcar. Nesses dias realize mais controles da glicémia no dedo e discuta com o seu médico se é necessário mudar ou complementar o tratamento.
  • Não deixe de tomar os medicamentos sem consultar o seu médico.
  • Leve sempre consigo um suplemento de açúcar.
  • É possível que, para além dos medicamentos para o açúcar, você precise de medicamentos para o controlo da pressão ou do colesterol, bem como de aspirina para melhorar a circulação do sangue. Todos estes medicamentos são importantes para a sua saúde.

 

 

Quando consultar o seu médico de família?

 

  • Sempre que tenha dúvidas sobre como tomar os comprimidos.
  • Se nota dores de estômago, abdominais ou diarreia.
  • Se nota baixas de açúcar.
  • Se os controles de açúcar do dedo estão demasiado altos de forma repetida (mais de 140 mg/dl antes das refeições e mais de 180 mg/dl 2 horas após as mesmas).

 

 

Excerto do Guia Prático de Saúde - da semFYC (Sociedad Española de Medicina de Familia y Comunitaria)

Traduzido e adaptado pela APMGF (Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar), julho 2013.