Ginecomastia da puberdade
Chama-se ginecomastia ao crescimento da mama no homem. Pode apresentar-se numa só mama ou em ambas.
Palpa-se como uma zona firme por baixo do mamilo, que por vezes causa desconforto ao tocar. Nos adolescentes pode ser normal. De facto, aos 14 anos de idade, 6 em cada 10 rapazes apresentam-na.
A causa do aumento das mamas são as hormonas próprias da idade e é mais um sinal de que estás a crescer.
A ginecomastia não tem nada a ver com cancro, nem com as mamas das raparigas.
Alguns homens e rapazes têm gordura no seu peito devido ao excesso de peso. Não é o mesmo que ginecomastia.
A ginecomastia normalmente desaparece espontaneamente em poucos meses ou anos.
O que deves fazer?
- Não te preocupes. Espera alguns meses, por vezes pode ir até 2 a 3 anos; a ginecomastia desaparece espontaneamente de forma natural.
- Fala com outros homens da tua família. Certamente muitos passaram pelo mesmo e podem explicar-te a sua benignidade.
- Não existe um medicamente «milagroso», nem creme, nem exercícios para fazer desaparecer a ginecomastia. É algo que só desaparece com o tempo. No entanto, podes aliviar a tensão mamária tomando paracetamol ou ibuprofeno.
- Evita:
- Consumir vitaminas, proteínas e sobretudo substâncias hormonais no ginásio. São uma das causas de ginecomastia e podem alterar as hormonas do organismo.
- A marijuana/cannabis também pode causar ginecomastia, porque tem uma substância que altera as hormonas.
- Fazer exercício não serve de nada perante uma verdadeira ginecomastia. O exercício só ajuda quando as mamas aumentam por excesso de peso.
Quando consultar o teu médico de família?
- Se tens dúvidas ou perguntas sobre o tema.
- Se a pele do peito fica vermelha, o mamilo liberta um líquido, ou surge febre.
- Se passados alguns anos não desaparecer espontaneamente, o que é raro, pode operar-se. O teu médico pode indicar-te se, excecionalmente, for o teu caso.
Excerto do Guia Prático de Saúde - da semFYC (Sociedad Española de Medicina de Familia y Comunitaria)
Traduzido e adaptado pela APMGF (Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar), julho 2013.